Nas vitrines de quase todas as lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, as promoções procuram chamar a atenção dos consumidores, com ofertas de preços em produtos como estufas e aparelhos de ar condicionado, fogões à lenha e até em máquinas de lavar roupas. No entanto, dentro das lojas, os funcionários esperam pelos clientes.

O frio mais intenso dos últimos dias dentro de ondas ainda previstas de baixas temperaturas para o final de agosto e setembro trouxe uma repercussão positiva nas vendas para o comércio pelotense, principalmente quinta, sexta-feira e sábado, o que foi considerado atípico para o mês, segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas), Renzo Antonioli.

“Deve ajudar a desovar os estoques”, avalia o líder varejista, apontando, no entanto, a necessidade de que o frio dos últimos dias se estenda por mais tempo. Nas vitrines, porém, as confecções para Primavera/Verão começam a ganhar espaço, a partir da chegada das novas coleções preparadas principalmente pelos fabricantes do centro do País, lembra Antonioli.

Mas como estão se comportando os consumidores? Aproveitam as últimas liquidações? A época do mês não é a mais favorável, já que os assalariados ainda aguardam para o começo de setembro o pagamento pelo mês trabalhado. Segundo o vendedor Cezar Medeiros, o movimento de clientes era fraco ontem. “O pessoal está se segurando para as compras no Black Friday e do fim de ano”, acredita.

“Aproveitei os descontos”, diz satisfeita Elizane Dias, que pagou quase a metade do preço na compra da jaqueta para o filho Guilherme, de 18 anos. Fazendo as contas, ela explica que ele estava precisando. “Ele usa neste ano e no outro também”, justifica Elizane.

Para atrair os clientes, uma loja no calçadão realizava a Limpa Estoque, uma promoção de portas fechadas, com descontos de 50% nas mercadorias. Em outra, as araras mostravam peças com preços de final de estação.

Ali bem próximo, o vendedor ambulante Elton Hammes, há quase 20 anos oferecendo meias, toucas e mantas, também reclamou da baixa procura pelos produtos, mesmo com as temperaturas baixas - negativas durante a noite e um pouco mais altas na tarde. “Agosto nunca é de boas vendas”, diz.